quarta-feira, 6 de julho de 2011

Segunda Revolução Industrial

A segunda revolução industrial atingiu diferentes países do globo e inaugurou a era dos monopólios e do capitalismo financeiro.
§  A expansão da revolução industrial
Se, na era do carvão e do ferro, a produção mecanizada atingiu principalmente a Inglaterra, a industrialização da segunda metade do século 19 estendeu-se por diversos países da Europa ocidental e oriental, e, fora da Europa, alcançou o Japão e os estados unidos.
A primeira revolução industrial, na segunda metade do século 18, aprofundou a divisão social do trabalho ou parcelamento das tarefas (cada trabalhador fazia uma mesma e repetida operação). Com a segunda revolução industrial, além de recorrer ao parcelamento de tarefas, criava-se uma nova divisão: entre países ricos e industrializados e países consumidores desses produtos e fornecedores de fontes de energia e de matéria-prima.
§  A industrialização na Alemanha
Na Europa, a Alemanha foi o centro dos avanços industriais iniciados por volta de 1860. Ao iniciar o século 20, a economia alemã era a mais moderna e dinâmica de toda a Europa, colocando-se á frente de todos os países na produção de aço, de produtos químicos e de equipamentos elétricos e científicos.
O desenvolvimento da economia alemã pode ser explicado principalmente pelas iniciativas do governo, que liberou recursos para a instalação de empresas e adotou medidas de proteção á indústria e a agricultura nacional. Por meio de tarifas alfandegárias cobradas sobre as importações, os agricultores e os industriais eram protegidos da concorrência externa, podendo aumentar suas vendas e obter capitais para investir na mecanização do campo ou no aperfeiçoamento da produção industrial.
Outro fator importante para a modernização da econômica alemã foi à importância dada nas escolas ao ensino das ciências aplicadas á produção industrial. Graças ao papel da escola, as indústrias podiam dispor de uma grande oferta de técnicos, empregados com salários baixos.
§  A expansão industrial da Rússia e do Japão
Na Rússia czarista, o desenvolvimento industrial também foi estimulado pelo governo, que realizou empréstimos no exterior para a construção de estradas de ferro e para a instalação de empresas (muitas vezes estrangeiras) de diferentes ramos, com destaque para o setor têxtil e de extração de carvão e minério de ferro.
No Japão, a industrialização iniciou-se na segunda metade de século 19, também promovida pela iniciativa estatal. Os capitais estrangeiros, contratados pelo governo para financiar o desenvolvimento industrial, foram transferidos para as mãos de grandes grupos econômicos, os zaibatsu, controlados por algumas poucas famílias.
Assim, por volta de 1910, o Japão já tinha mais de 10 mil quilômetros de estradas de ferro construídas, grandes bancos, poderosas companhias de navegação e mineração, e sua produção têxtil era uma das maiores do mundo.
O Japão da era Meiji
Antes de 1860, o Japão vivia uma situação semelhante á da Europa medieval. Havia um imperador, mas quem de fato detinha o poder eram os daimios, grandes senhores de terra. O país também tinha muito pouco contato com os países do Ocidente.
A situação japonesa mudou na década de 1860, com a Revolução de Meiji, que centralizou o poder na figura do imperador.
Iniciou-se uma das eras de grandes reformas, que transformaram o Japão numa grande potência.
O governo assinou tratados comerciais com os países do Ocidente, garantindo a entrada de produtos japoneses no mercado externo, realizou uma ampla reforma educacional destinada a erradicar o analfabetismo e promoveu a industrialização do país.

§  A industrialização nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o grande salto na industrialização ocorreu após a Guerra Civil (1861- 1865), também chamada de Guerra de Secessão. O norte industrializado venceu o sul agrário e escravista e impôs seu projeto modernizador. Leis protecionistas que amparavam a produção industrial e agrícola do país, a grande oferta de mão-de-obra barata, garantida pelas políticas de incentivo á imigração, a ocupação das terras do oeste e o incentivo do Estado á instalação de companhias de transportes e ás comunicações são os principais fatores que explicam a transformação dos Estados Unidos numa nação industrial e urbana poderosa.
Em 1900, a força da economia norte-americana despontava em vários setores. Os Estados Unidos já ocupavam o primeiro lugar na produção mundial de aço, produto fundamental na construção de ferrovias e na fabricação de máquinas agrícolas e industriais, e tinham também a maior malha ferroviária. Sua população urbana saltou de 15%, em 1850, para 40%, em 1900, ou seja, dos 75 milhões de habitantes, 30 milhões viviam nas cidades.
Como se pode ver, a economia industrial do período tornou-se bem mais pluralista do que na fase anterior, quando a Inglaterra se apresentava como a única nação totalmente industrializada do planeta.
§  A era do capitalismo financeiro
Até meados do século 19, muitas empresas começaram a funcionar sem grandes recursos e se expandiam á medida que seus donos reinvestiam na própria empresa parte dos obtidos com a comercialização dos produtos. Por essa razão, predominavam as pequenas empresas familiares. Como os recursos que alimentavam a produção eram obtidos pela dinâmica da própria indústria, essa fase é conhecida como a era do capitalismo industrial.
A partir de 1880, as novas atividades econômicas-empresas de exploração de petróleo, usinas elétricas e siderúrgicas- exigiam grandes investimentos, que não podiam ser obtidos apenas com recursos próprios. As instituições bancárias assumiram um papel central a partir desse período, financiando as produções industrial, agrícola e mineral em cada país e controlando, por meio da aquisição de ações, empresas de diferentes setores e atividades. Começavam a era do capitalismo financeiro.
§  Da concorrência ao monopólio
A Segunda Revolução Industrial inaugurou a era das empresas gigantes e poderosas. Essas empresas resultaram principalmente da formação de trustes, cartéis e holdings.
·        Truste. Associação de empresas de um mesmo ramo que se fundem com o objetivo de controlar os preços, a produção e o mercado. O truste da United States Steel, criado em 1901, por exemplo, tinha o monopólio de 63% da produção de aço dos Estados Unidos.
·        Cartel. Agrupamento de empresas independentes que estabelecem acordos com o propósito de dividir o mercado e combater os concorrentes. Um exemplo desse tipo de organização foi o cartel do carvão do Reno e da Westfária, de 1893, que controlava 90% da produção de carvão na Alemanha.
·        Holding. Empresa que controla uma serie de outras empresas, do mesmo ramo ou de setores diferentes, mediante a posse majoritária das ações dessas empresas.
As associações empresariais levaram a uma imensa concentração de capital nas mãos de grupos econômicos, os chamados oligopólios, em prejuízo das pequenas empresas e da livre concorrência.
Fonte: Livro de História da 8ª série.

11 comentários:

  1. Nossa como vc é inteligente!!!

    ResponderExcluir
  2. Você copiou tudo do livro de historia do 9° ano

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. é verdade eu tenho esse livro .. e tenho q fazer um resumo de todos os textos :/

      Excluir
  3. tudo que eu precisava encontrei em um só lugar

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. esta igual ao meu livro , cujo qual não entendo nada

      Excluir
    2. Então assista o vídeo http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=9Nhl1yLWYLc ;)

      Excluir
    3. kkkkk...entao e 2 pq n entendi quase nada

      Excluir
  4. Obrigada, fico muito contente em ter te ajudado *-* volte sempre ;)

    ResponderExcluir
  5. Valeu, eu tinha perdido meu livro de história e precisava fazer esse resumo :)

    ResponderExcluir
  6. então as anomalias de mercado surgiram durante a segunda revolução industrial?

    ResponderExcluir